quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O CAMINHO PARA CASA

A educação da escola difere da educação dada em casa, porque a última é espontânea, vai surgindo na medida em que a vida expõe as pessoas a situações e eventos. Há as histórias, as fábulas, os ditados, as regras, as recomendações mas, apesar de serem passadas pelas gerações, elas surgem soltas, muitas vezes desencontradas, alinhadas apenas pelo sentimento que as evoca: amor, ternura, raiva, inveja, medo, insegurança, piedade, solidariedade, amor. Na escola, pelo contrário, há uma sistematização. Planos de cursos são feitos e a eles se seguem planos de aula. Conceitos são repetidos, copiados. Outros são construídos, aparentemente a partir do nada mas, na verdade, conduzidos pela mão firme de um professor, pela direção estruturada de uma pedagogia.

O filme é interessantíssimo, contudo, porque propõe uma educação que vai se estruturando a partir da natureza, da vida, da beleza, dos ciclos, ou seja, comunga da mesma espontaneidade da educação nas famílias, e por isso ganha a grandeza de uma educação verdadeiramente humanista. O jovem professor não recorre a um livro. Faz seu próprio texto e, na sua espontaneidade, evoca o melhor de seus alunos, levando-os a repetir, em ritmo quase melódico, frases que lhes falam do mundo em volta. Exatamente por isso a velha escola tem sempre as janelas abertas – simbolizando a comunhão com o externo - e em volta dela a comunidade também vem beber, reconhecendo ali um genuíno partilhamento de prazer, uma fruição que também lhes cabe e também neles ressoa.

ASSISTA O TRAILER NESSE LINK:

http://www.youtube.com/watch?v=48ivIU6Szok


Nenhum comentário:

Postar um comentário